Avanços e perspectivas na gestão da Qualidade nos cartórios foram destaque do primeiro painel do encontro conjunto da Serjus-Anoreg/MG e do CORI-MG
Retornando após 30 anos ao local em que foi realizado o primeiro evento de notários e registradores mineiros, teve início na manhã desta sexta-feira, 7 de julho, o XXX Congresso Estadual dos Notários e Registradores de Minas Gerais e o V Encontro Estadual do CORI-MG. A manhã deste primeiro dia foi dedicada a temas ligados à gestão dos cartórios e, logo na primeira plenária, foi realizado um debate sobre a importância da Qualidade para o extrajudicial.
O desembargador corregedor-geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Luiz Carlos Correa Junior, abriu a mesa ressaltando a importância da Faculdade de Direito da UFMG, sede do evento neste ano, para a formação de grandes nomes da classe. “É uma emoção muito grande estar aqui. Infelizmente não estudei na Faculdade de Direito, mas, com orgulho, terei no meu currículo a palestra do dia de hoje”, disse.
Na sequência, a CEO do Grupo Txai, Denise da Cruz, fez um balanço da evolução tecnológica mundial e ressaltou a necessidade de os cartórios extrajudiciais acompanharem esse ritmo. “Estamos em uma mudança de era. Precisamos usar a tecnologia a nosso favor para chegar ao próximo nível de qualidade, sem ter medo de experimentar e atender às necessidades do mercado”, disse. Entre os pontos de destaque, ela ressaltou como a inteligência artificial tem potencial para mudar o futuro de todos os serviços realizados atualmente.
A diretora de Qualidade da Anoreg/BR e coordenadora do Prêmio de Qualidade Total Anoreg/BR (PQTA), Maria Aparecida Bianchin, relembrou o retrospecto dos notários e registradores mineiros na premiação. “O estado de Minas Gerais possui um histórico de excelência no reconhecimento de qualidade. A gente veio aqui pra falar sobre esse reconhecimento. Mas, mais do que isso, viemos aqui falar da importância dessas boas práticas”, destacou a tabeliã.
Indo além, Bianchin utilizou o artigo 236 da Constituição Federal, que trata do caráter privado dos serviços extrajudiciais, para reforçar a importância de participar de um prêmio de Qualidade reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Não aprendemos a gerir pessoas e processos na faculdade de Direito. Se especializar e participar do PQTA é necessário, pois precisamos de mais serventias extrajudiciais engajadas com a Qualidade. Isso nos fortalece enquanto classe”, concluiu.
Para finalizar o painel, o desembargador Luiz Carlos Correa Junior retomou a fala e relatou algumas de suas experiências com os cartórios, especialmente nas correições no interior, para destacar a evolução vivenciada nos últimos anos. “Tudo mudou. Nós também precisamos mudar a forma de encarar os serviços que vamos desenvolver. Além de realizar a atividade fim, somos gestores. Vamos administrar uma serventia. Quem está do outro lado do balcão busca por um cartório bem gerido”, finalizou.
