Projeto social apoiado por registradores mineiros leva jovens para intercâmbio nos EUA
"Sonhe grande, pois ter sonhos grandes dá o mesmo trabalho dos sonhos pequenos". O pensamento de Jorge Paulo Lemann é a mensagem do projeto Desafiando Gigantes, coordenado pelo Instituto Guma – organização sem fins lucrativos em Minas Gerais –, com a parceria do Sistema Divina Providência. O titular do Registro de Imóveis da Comarca de Betim/MG, Vander Zambeli Vale (membro do Conselho Deliberativo do CORI-MG), é o idealizador da iniciativa. O registrador de imóveis em Vespasiano/MG, Luciano Dias Bicalho Camargos (membro do Conselho Fiscal do CORI-MG), também é apoiador e cofinanciador do projeto.
O Instituto Guma, formado por entusiastas que buscam contribuir por um mundo melhor, por meio de seu trabalho e dedicação, mobiliza a captação de recursos de formas alternativas em prol de projetos sociais para crianças e adolescentes em Belo Horizonte. Desde 2013, quando começou a fazer doações para o Instituto, o registrador Vander Zambeli tinha o objetivo de realizar um curso voltado para áreas educacional e cultural. Foi então, em 2014, que surgiu o Desafiando Gigantes, um projeto que consiste no aprendizado da Língua Inglesa como vetor de integração social para jovens carentes do município de Santa Luzia/BH.
O projeto
Na primeira edição, realizada de 2015 a 2017, foram recrutados 25 jovens, entre 13 e 16 anos, em escolas públicas de Santa Luzia. Com duração de dois anos, o curso formou, em abril de 2017, o total de 18 alunos. “O projeto tem o mérito de permitir que crianças e adolescentes, deixados à própria sorte em comunidades carentes, sejam inseridos na sociedade pelo aprendizado da Língua Inglesa. Percebemos, ao longo do curso, que eles se sentiram muito valorizados, pois viram que existem pessoas preocupadas com o futuro deles”, disse Vander Zambeli.
Coordenadora do Instituto Guma, Fernanda Cruz explica que o projeto visa, além da inclusão social e profissional, melhorar o acesso ao mercado de trabalho em cargos com melhor remuneração, entre outros objetivos. “O inglês tornou-se a língua falada nos quatro cantos do mundo. Conhecê-la é estar incluído em todo o processo de comunicação e desenvolvimento social, político e acadêmico. Também oferecemos, ao mesmo tempo, acompanhamento social e psicológico e reforço em Língua Portuguesa”.
Os incentivos do Desafiando Gigantes não param por aí. Ao final do curso, a cada dois anos, os alunos que obtiverem o melhor desempenho são premiados com um intercâmbio de um ano nos Estados Unidos. “A ideia era premiar dois, mas nesta edição, cinco foram selecionados, sendo que duas já foram, o terceiro, patrocinado totalmente pelo Vander, viaja nos próximos dias, e mais dois vão no ano que vem”, conta Fernanda Cruz.
O investimento em prol da educação
O registrador de Betim explica que os recursos são oriundos, basicamente, de benefício fiscal do Imposto de Renda, ou seja, não há gasto algum do doador, pois 100% da doação são restituídos pela Receita Federal com correção pela Selic. “Queremos enviar mais alunos no final do próximo curso, mas não sei se vamos conseguir. A meta é aumentar cada vez mais, isso se novos colegas aderirem ao projeto”.
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